quinta-feira, 30 de abril de 2009

Mudando de assunto

Olga Benario





Insisto sempre em dizer que a informação não ocupa espaço e nos ajuda a ser pessoas mais agradáveis de se conviver... sem falar que... quanto mais informações temos sobre assuntos os mais diversos, mais bem preparados estaremos para ser cada vez melhores no que fazemos.


... nós músicos precisamos das mais diversas informações musicais para aperfeiçoar nossa música... por isso hoje, resolvi mudar de assunto...



ao abrir minha caixa de email estava lá um email do Maestro Jorge Antunes dizendo que hoje... dia 30 de abril, é o “Dia Nacional da Mulher”.... eu nem sabia que existia tal data... mas achei interessante a homenagem que ele fez ao dia e reproduzo suas palavras aqui:


"Lembrando a importante data, quero homenagear todas as mulheres guerreiras.Para tanto, coloco à disposição, para escuta, a Grande Ária Final de minha ópera Olga. Essa ária tem cerca de 16 minutos de duração e é, possivelmente, a mais longa ária de ópera já escrita em todos os tempos. Nela musiquei, na íntega, a última carta que Olga Benario escreveu para Prestes, antes de ser levada à câmara de gás do campo de concentração nazista de Bernburg, em 23 de abril de 1942."



O Maestro Jorge Antunes, para quem não conhece... já em 1962 começou a se interessar pela música eletrônica, ao mesmo tempo em que ingressava no curso de Física da Faculdade Nacional de Filosofia. Depois de construir vários geradores, filtros, moduladores e outros equipamentos eletrônicos, Antunes fundou o Estúdio de Pesquisas Cromo-Musicais, destacando-se desde então como precursor da música eletrônica no Brasil.
A partir de 1966 ele começa a se destacar como um dos nomes mais representativos da vanguarda musical brasileira e participa de vários festivais nacionais e internacionais.
Varsóvia, 20 de maio de 1992. Jorge Antunes, dirigindo a Orquestra Filarmônica de Lodz



O primeiro mini-CD lançado no Brasil (Sistrum CD ST 001, 1994), incluindo as obras eletroacústicas: CINTA CITA e AUTO-RETRATO SOBRE PAISAJE PORTEÑO




Bom... aí é clarooo... coloco aqui a última carta de Olga e quem quiser ouvir a ópera o link é o aí de cima...

"Queridos:Amanhã vou precisar de toda a minha força e de toda a minha vontade. Por isso, não posso pensar nas coisas que me torturam o coração, que são mais caras que a minha própria vida. E por isso me despeço de vocês agora. É totalmente impossível para mim imaginar, filha querida, que não voltarei a ver-te, que nunca mais voltarei a estreitar-te em meus braços ansiosos. Quisera poder pentear-te, fazer-te as tranças – ah, não, elas foram cortadas. Mas te fica melhor o cabelo solto, um pouco desalinhado. Antes de tudo, vou fazer-te forte. Deves andar de sandálias ou descalça, correr ao ar livre comigo. Sua avó, em princípio, não estará muito de acordo com isso, mas logo nos entenderemos muito bem. Deves respeitá-la e querê-la por toda a tua vida, como o teu pai e eu fazemos. Todas as manhãs faremos ginástica... Vês? Já volto a sonhar, como tantas noites, e esqueço que esta é a minha despedida. E agora, quando penso nisto de novo, a idéia de que nunca mais poderei estreitar teu corpinho cálido é para mim como a morte.Carlos, querido, meu amado: terei que renunciar para sempre a tudo de bom que me destes? Eu me conformaria, mesmo que não pudesse ter-te muito próximo, se teus olhos mais uma vez me olhassem. E queria ver teu sorriso. Quero-os a ambos, tanto, tanto! E estou tão agradecida à vida, por ela me ter dado a ambos. Mas o que eu gostaria era de poder viver um dia feliz, os três juntos, como milhares de vezes imaginei. Será possível que nunca verei o quanto orgulhoso e feliz te sentes por nossa filha?Querida Anita, meu querido marido, meu Garoto: choro debaixo das mantas para que ninguém me ouça, pois parece que hoje as forças não conseguem alcançar-me para suportar algo tão terrível. É precisamente por isso que me esforço para despedir-me de vocês agora, para não ter de fazê-lo nas últimas e difíceis horas. Depois desta noite, quero viver para este futuro tão breve que me resta. De ti, aprendi, querido, o quanto significa a força de vontade, especialmente se emana de fontes como as nossas. Lutei pelo justo, pelo bom. Eu lutei. Lutei pelo melhor do mundo. Prometo-te agora, ao despedir-me, que até o último instante não terão porque se envergonhar de mim. Quero que me entendam bem: preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue. Mas, no entanto, podem ainda acontecer tantas coisas... Até o último momento me manterei firme e com vontade de viver. Agora, ao descanso, vou-me embora, vou dormir, pra ser muito mais forte amanhã. Beijo-os pela última vez."

Fica aqui meu registro com todo orgulho de ser mulher e o sentimento honrável a todas as Olgas espalhadas pelo Brasil que tem este espírito guerreiro...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Frank Negrão e Arturzinho Aguiar - a história

foto de Leo Azevedo


esta matéria eu fiz pra segunda edição da Revista Baixo Brasil... e já que postei um vídeo deste duo... é legal também contar mais a história deles pra quem não leu a revista...



Tempero baiano


O swing instrumental que vem de Salvador desperta até a vontade de dançar

Muito mais que axé, blocos e trios elétricos animando o carnaval, Salvador mostra para o Brasil seu jazz, através do duo de baixistas formado por Frank Negrão e Arturzinho Aguiar



Originada de um processo de pesquisas e da junção de trabalhos individuais de cada um, a concepção do Duo instrumental é de música bem trabalhada, rica harmonicamente, com melodias agradáveis e com sotaque baiano.
Da parte de Arturzinho, e bem presente no trabalho do Duo vem a “Chula”, uma vertente do samba e característica do recôncavo baiano, especialmente na cidade de Santo Amaro da Purificação, conhecida por seus ilustres filhos Caetano Veloso e Maria Bethânia.
O ritmo é parte da herança cultural afro-brasileira e é um canto típico de lavadeiras que, na beira dos rios, o executavam com as mãos. Com o passar do tempo os músicos o inseriram em suas influências, principalmente o pandeiro e o violão. No duo, o ritmo passa para o baixo de seis cordas. Arturzinho utiliza o polegar e o indicador da mão direita para a realização do pizzicato em semi-colcheias e os demais dedos ajudam no efeito sonoro percussivo, batizado por ele de “chula bass”.
“Penso como um pandeirista quando estou aplicando essa técnica. Tive a idéia de desenvolvê-la quando vi os grupos de chula se apresentando no Recôncavo baiano”, revela.
Enquanto Arturzinho busca inspiração no interior da Bahia, a outra parte do Duo, Frank, entra com todo swing funkeado, jazz, fusion, muito slap e double thumb. Para completar o tempero forte baiano e dar sabor único à sonoridade, uma pitada de samba, baião, MPB, improvisação e um pouco do que cada um gosta.
Os dois estilos bem diferentes de tocar baixo quando se juntam, formam uma mistura totalmente homogênea e, quando o percussionista é somado ao duo, entra o molho fervendo da Bahia.
E para quem está curioso, sobre o que pensam em relação ao axé - ritmo predominante na Bahia, confessam que, apesar de o reconhecerem como de poucos recursos, também sentem sua influência, pois ambos já o tocaram bastante. O Duo faz questão de ressaltar a grande quantidade de bons músicos que tocam em bandas de axé e, nem por isso, deixam de ter o nível técnico altíssimo.
A meta do Duo é popularizar a música instrumental, pois o consumo de música “pobre” em harmonia, melodias e arranjos é muito grande. Por isso a preocupação em fazer boa música com um bom ritmo para atingir o grande público sem perder a qualidade do som. E nós adoradores da boa música agradecemos!!!

citações do duo...


“Fomos ensaiar lá em casa(Frank) eu, ele, e um percussionista. A gente fazendo aquela zuada e quando olhamos na rua, uns garotos estavam dançando... música instrumental”

“Quando eu falo que faço samba reagee no meu cd as pessoas logo associam com Olodum, tenho que explicar que não é isso que toco, porém os valorizo” Arturzinho


“O axé desde a década passada matou a fome de muita gente e, ainda hoje, muitos sobrevivem dele” Frank Negrão

Frank Negrão e Arturzinho Aguiar - o show

Vídeo de um trecho do show de Frank Negrão e Arturzinho Aguiar no Festival Baixo Brasil em Salvador!!!

Mizeravõeeeeessssss!!!!!!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Virada Cultural em São Paulo





A Virada Cultural acontece desde 2005 todos os anos.


A intenção é promover na cidade 24 horas de maratona cultural. O evento foi inspirado na Nuit Blanche parisiense, que agita anualmente a capital francesa, com atrações que viram madrugada adentro. Ano passado (2008), a prefeitura estimou um público de 4 milhões de pessoas. Foram mais de oitocentas atrações e cinco mil artistas.


A Virada tem levado atrações diversas todos os públicos e todas as classes sociais, muitos dos quais nunca estiveram em um teatro ou sala de concerto anteriormente. Também tem contribuído para o renascimento do Centro Velho de São Paulo, ao levar os paulistanos para a região, que habitualmente se esvazia durante a noite.



Neste ano, serão 24 horas ininterruptas de programação musical e expressão artística... cerca de 800 apresentações espalhadas por 150 locais do centro de São Paulo.

Então vamos lá...

Muita música a partir das 18h do próximo 2 de maio até as 18h de 3 de maio.
As atrações:
Para começar, o público pode conferir o ex-tecladista do Deep Purple, Jon Lord, que se apresenta no palco principal, na Avenida São João, ao lado da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo.
Jon Lord


Ainda nesse mesmo palco, sobem Geraldo Azevedo, Marcelo Camelo, o coletivo Instituto, que toca Tim Maia Racional e inclui BNegão, Thalma de Freitas e Carlos Dafé; Tribo de Jah, Cordel do Fogo Encantado, Zeca Baleiro, Novos Baianos e Maria Rita .
No Teatro Municipal, estarão reunidos artistas para tocarem álbuns clássicos na íntegra, como Arrigo Barnabé ("Clara Crocodilo"), Egberto Gismonti ("Alma") e Tom Zé ("Grande Liquidação"). Estarão lá também Chico César, Violeta de Outono, Cama de Gato, Fafá de Belém, Francis Hime e Orquestra Experimental de Repertório e Beto Guedes.
Na Estação da Luz, acontecerá uma homenagem aos 20 anos de morte de Raul Seixas, que se completam em agosto e a banda original do cantor, Os Panteras, faz seu show. A seguir, o trabalho de Edy Star, Vivi Seixas (filha do cantor), Kika Seixas (ex-mulher) e Nasi. Para finalizar, entra Marcelo Nova. No Largo do Arouche, estarão Benito di Paula, Luis Ayrão, Wando, Reginaldo Rossi, Beto Barbosa, Wanderley Andrade, Bartô Galeno, Jane e Herondi, Silvio Brito, Odair José e Wanderley Cardoso.
Na praça Dom José Gaspar, ficam os pianistas Duo Lumina, Duo Gis Branco, Vitor Gonçalves, Lulinha Alencar, Pepe Cisneros, Beto Betrami, Leandro Cabral, Edson Sant’anna, Beba Zanettini, Rafael Vernet, Délia Fischer e Mário Moita. Já no Largo Santa Efigênia, vão se apresentar Anelis Assumpção, Iara Rennó, Lívia Nestrovski, Danilo Moraes, Curumin, Rockers Control, DJ Tudo, Os Pamonheiros, Banda Cayana, Leo Cavalcanti, Marcelo Jeneci, Por quê?, Bárbara Rodrix, Dani Black e Pedro Altério e Comadre Fulozinha.
Por fim, na Praça da República, o rock aparece com Tutti-Frutti, O Som Nosso de Cada Dia, Joelho de Porco, Camisa de Vênus, Velhas Virgens, Los Goiales All Stars, MQN, Matanza,
Vanguart, CPM 22, Nação Zumbi, Nasi e The Electric Sitar Experience. O encerramento da Virada fica por conta da Central Scrutinizer Band, considerada a melhor banda cover do Frank Zappa do mundo, unida ao cantor do Zappa, Ike Willis. No Palco Rio Branco, marcam presença Sandália de Prata, Farufyno, Trio Mocotó, Clube do Balanço, Os Opalas, Sambasonics, Colomi, Balaco, Projeto Coisa Fina (Moacir Santos),
Juliana Amaral e Gafieira etc e tal, Gafieira São Paulo e Havana Brasil.


Giro por aí

Movimentação baixistica...


No Rio de Janeiro meu amigo Cláudio Cuoco, administrador do bass.forumeiros.com, organizou um super Bass Day...


Que idéia genial!!! Parabéns Cláudio!!!

Precisamos agitar este grande dia dedicado ao baixo em todo país...






Enquanto isso....


Ebinho divulgando a Revista Baixo Brasil pro Zezinho(Banda Carrapicho) em Manaus...


E em sampa...




Ronaldo Lobo no Acervo do Tuzzi com a banda Rock You
e...
pra fechar o "giro" relembrando...



trecho do show Ronaldo Lobo Trio no Festival Baixo Brasil em Campinas... detalhe... quem filmou isso deve ser apaixonado pelo batera(godizila) e esqueceu que isso é um festival de baixo...







BAIXISTAS RULES


domingo, 26 de abril de 2009

Show de Scott Feiner em Brasília



Completando o post anterior que anunciei o show do Scott... agora é hora de contar o resultado... the best...



realmente o Gate`s Pub em Brasília foi palco de um super show de jazz protagonizado pelo americano mais carioca que conheço... com sotaque e tudo... tocando pandeiro muitissimo bem - Scott Feiner, acompanhado do super baixista gaúcho Guto Wirtti, do mineirissimo pianista que adooorooo como pessoa e como músico Kiko Continentino e do brasiliense saxofonista virtuozériimo Ademir Junior... que gig... que shoooowwww



Sensibilidade... swing...

flagra...
durante o show... na cabine de som... Rubens Carvalho saboreando seu Jack Daniels...
groove...
Guto Wirtti


gênio...Kiko Continentino



encontros...
Naná Maris, Kiko Continentino, Karina Santiago e Karla Maragno





papo musical...
Ademir Junior, Kiko Continentino e eu...





enquanto isso na cabine...

Rubens Carvalho




"dever"cumprido...

Scott Feiner depois do show... relaxar e curtir os amigos




registro...




ok... fiz um vídeo com uma pequena amostra do show... a imagem não está lá estas coisas... pois foram feitas em minha camera de fotos... mas pelo menos dá pra ter uma ideia do som... que também não tem aquela clareza que teria se tivesse sido gravado diretamente da mesa de som... mas vai... minha intensão foi a melhor... e é claro que fiz questão de gravar quando o Guto Wirtti tava detonando no baixo... ah... sim... esta luz verde é o baixista....





espectro...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

SCOTT FEINER & PANDEIRO JAZZ

amanhã dia 25/04/2009, Scott Feiner estará fazendo um show no Gate`s Pub em Brasília. Ele estará acompanhado de Kiko Continentino (piano), Guto Wirtti (baixo) e Ademir Junior (sax)



Segue a resenha do segundo trabalho de SCOTT FEINER & PANDEIRO JAZZ - publicada na edição 01 da Revista Baixo Brasil

por Karla Maragno

Os dois mundos de um americano que toca pandeiro no país do samba, e ainda o colocou no jazz, deram nome ao mais novo disco de Scott Feiner & Pandeiro Jazz.
Trata-se de um CD de jazz, com a formação “quase” tradicional do gênero: baixo acústico(Alberto Continentino), trompete(Jessé Sadoc), piano(David Feldman), saxofone(Marcelo Martins) e pandeiro tocado por Scott Feiner. O resultado é um som prazeroso aos ouvidos e com sotaque brasileiro.
Destaque para o baixista Alberto Continentino. Encontramos dois solos notáveis nas faixas “Retrato em Branco e Preto” e “All of You”. Sentimos, ainda, em todo trabalho, seu feeling perfeito e sua forma de exprimir-se através do instrumento, como o groove na faixa “Dois Mundos”.
Vale ainda destacar a forma que o baixista trata uma música trabalhosa, como "7 na Ciranda", que tem partes em 7/8, 6/8 e 5/8.
Uma mistura que deu muito certo!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

DIA NACIONAL DO CHORO








Este ritmo genuinamente brasileiro, o choro, é comemorado hoje dia 23 de abril, em homenagem à data de nascimento de Pixinguinha, uma das figuras mais importantes da música popular brasileira... especialmente do choro.











Pixinguinha - Alfredo da Rocha Vianna Júnior nasceu em 23 de abril no Rio de Janeiro. Já o ano exato... há controvérsias... quando ele fez 70 anos, Jacó do Bandolim descobriu, nos livros da Igreja de Santana, que Pixinguinha havia nascido em 23 de abril de 1897. Este é o dado oficial. Muitos biógrafos dataram seu ano de nascimento como sendo o de 1898, daí ter criado a confusão.O apelido de Pixinguinha surgiu após ele ter contraído bexiga (varíola), na época da epidemia. Começaram então a tratá-lo de “Bexinguinha”, e depois “Pixinguinha”. Sua família, no entanto, chamava-o de “Pezinguim”, apelido carinhoso dado pela sua avó de origem africana, o que na sua língua queria dizer: “Menino Bom”. Compositor e instrumentista brasileiro, Pixinguinha além de virtuose na flauta, compôs mais de duas mil músicas, como Carinhoso, Lamento, Rosa, Naquele tempo, Ingênuo, e por aí vai... foi inovador na arte de fazer contrapontos nas melodias com o seu sax tenor.



Antes de Pixinguinha... o choro já estava na cena musical brasileira... do meio pro final do Século IX... mas foi a partir de Pixinguinha que o Choro se estruturou como gênero...


alguns super destaques desse período:

Esnerto Nazareth


Chiquinha Gonzaga




Joaquim Antonio da Silva Callado


Muitos baixistas tem o choro como grande influencia em suas composições e olha... pra quem não sabe... estudar técnica no baixo, e velocidade de uma forma divertida... uma coisa boa é tocar choro...

Já tocou "tico-tico no fubá" (clássico do choro de Zequinha de Abreu)? Então vai lá... toca que é bom demais!!!


outros ícones do choro:





















Jacob do Bandolim



Maestro Radamés Gnattali


Waldir Azevedo
e muitos muitos muitos outros... da velha e novissima geração... alias... meus queridos amigos do Trio Cai Dentro: Henrique Neto (violão sete cordas), Rafael dos Anjos (violão seis cordas) e Márcio Marinho (cavaquinho) venceram o III prêmio Furnas Geração Musical para músicos com até 25 anos.
Isso é a prova que o choro continuaaaaa
Parabéns meninos e a todos os que choram...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Parabéns Brasília!!!



















Hoje Brasília faz 49 anos!


Cidade amada... que já foi um ponto no mapa... um projeto... um sonho... hoje é a capital dos brasileiros... mistura de sotaques e culturas que a faz cada dia mais viva e cheia de vida!

Embora pareça que tenha sido projetada para ser fria e distante... pois tudo é longe, tudo setorizado, seus concretos transmitem dureza, cidade-bunker segundo alguns... isso não impediu que Brasília se tornasse mais conhecida pela música e por tantos músicos ilustres fazem a história da música brasileira...





entre os baixistas... estão os inesquecíveis, os sensacionais, os virtuosos, os normais, os que acompanham, os roqueiros, os jazzistas, os sambistas, os malucos, os baixistas... precisa mais?

Just it... baixistas!!!




Lembrando alguns deles...



Escolhi como representante maior do Contrabaixo em Brasília...


Oswaldo Amorim, meu querido amigo, grande baixista, que é a cara de Brasília... apesar de não ser brasiliense de nascimento, é a cidade que adotou... que mora, toca baixo e é feliz... e esta do lado dele sou eu... Karla Maragno





E a lista de baixistas brasilienses continuaaaa


André Vasconcellos, Rômulo Duarte, Dunga, Nema Antunes, Marcelo Maia, Paulo Dantas, Dido Mariano, Michel Marciano, Paula Zimbres, Alexandre Macarrão, Ricco Botelho, Beto Pi, Klaus Wurmbauer, Léo Dimartins, e da novíssima geração meus queridos amiguinhos Lucas Rodrigues, Lucas Fernandes, e muitos, muitos outros...




Lá dos porões do rock brasiliense... baú dos anos 80...

André X – Plebe Rude, lendária banda do punk brasiliense e nacional, Renato Russo que também tocava baixo,Flávio Lemos, que começou no marco zero da explosão do Rock brasiliense, a inesquecível banda Aborto Elétrico, e em seguida Capital Inicial

...

Brasília também já inspirou tantas músicas... já foi cenário pro Legião Urbana cantar a história de “João de Santo Cristo” em “Faroeste Caboclo”, contar o romance de “Eduardo e Mônica” ...


e este aí é o parque da cidade onde "a Monica ia de moto e o Eduardo de camêlo..." (pra quem não sabe camêlo é um termo ultra brasiliense dado pra bicicleta)




















Brasília foi cenário de outro romance localizado “no centro de um planalto vazio” cantado por Oswaldo Montenegro - “Léo e Bia” , e ele já quis “numa tarde quente” ir embora de Brasília “num submarino no lago Paranoá” ...

(bem, e aí na foto abaixo estou às margens do lago paranoá vendo se o Oswaldo Montenegro aparece com o submarino dele... tomara que não...)




















Djavan ressaltou o belíssimo “Céu de Brasília... Traço do arquiteto... Gosto tanto dela assim”






















A Plebe Rude cantou a música Brasília:

Capital da esperança (Brasília tem luz, Brasília tem carros) Asas e eixos do Brasil (Brasília tem mortes, tem até baratas) Longe do mar, da poluição... (Árvores nos eixos a polícia montada) (Brasília), Brasília...Muitos porteiros e pessoas normais..."

Aí está um pedacinho de uma das "asas de Brasília" a asa sul... muitos porteiros mesmo, pois cada prédio destes espera-se que tenha pelo menos um...






e Alceu Valença: “Agora conheço sua geografia... a pele macia ...menina morena, teu sexo, teu lago... Tua simetria...Até qualquer dia...Te amo Brasília...”





As baladas musicais em Brasília são muitas... aí em baixo o Gate`s Pub... muuuito bom, que aliás todos os sábados rola música instrumental de altíssimo nível, o proprietário Rubens Carvalho, super amigo tras músicos do Brasil todo e por aí já tocou uma lista enooorme de baixistas, até o próprio Nico Assumpção...




e o Orilley Pub aí em baixo é pra quem gosta de rock...





Brasília tem espaço musical pra todos os gostos, tem o Clube do Choro, que bomba de quarta a sábado todas as semanas, muitos bares de MPB, Samba, Música Instrumental... enfim... Brasília não é aquele monte de concreto e ministérios e as paisagens de jornal e cartão postal... Brasília são as pessoas que vivem na cidade...

Espero que tenham gostado do tour comigo em Brasília...


Parabéns Brasília que além de tudo dá ao Brasil muita música!!!

Te amo Brasília!!!




segunda-feira, 20 de abril de 2009

BAÚ DO PIXINGA - SLAP MANIA

O Pixinga é cheio de histórias e um dia a gente conversando sobre uma seçao de notas dele na Revista Baixo Brasil, resolvemos fazer o Baú do Pixinga... que está presente em todas as edições... pois bem... hoje é minha vez de colocar aqui um precioso ítem do Baú do Pixinga... porque olha...

é difícil encontrar algum baixista neste país que não tem a cópia, da cópia, da cópia desta super classica famosa e absoluta video aula do Pixinga... SLAP MANIA...

curte aí....

muito bacana mexer no fundo do baú... demais isso....

domingo, 19 de abril de 2009

CD - SOAR - Frank Negrão

Ao postar o vídeo de nossa série bassfreakss com o Serginho Groove entrevistando a galera antes do show do duo de baixistas Frank Negrão e Arturzinho Aguiar em Salvador... afff.... ainda não mudei de assunto... ainda continuo falando da Bahia?!?!?!!?! Vou aproveitar e mandar pra minha amiga , aceitando a sugestão que me mandou mais uma de Dorival Caymmi... "Ai, ai que saudade eu tenho da Bahia... Ai, se eu escutasse o que mamãe dizia..."Bem, não vá deixar a sua mãe aflita...A gente faz o que o coração dita...Mas esse mundo é feito de maldade e ilusão"...

valeu ...


mas voltando ao vídeo... a música que coloquei no fundo... "vida" de Frank Negrão tem chamado a atenção da galera... então aí vai mais informações sobre este disco que tem esta música que é showww...

* Resenha da seção Armazem da Revista Baixo Brasil edição n. 02.

Por Ney Neto
Aos fãs de Marcus Miller: O disco Soar de Frank Negrão, importado da Bahia, é a prova máxima de que o músico brasileiro não deve nada a ninguém quando falamos em técnica, virtuosismo, composição, e musicalidade. Se você, amigo leitor, achou a comparação pretensiosa, ouça a faixa de abertura desse magnífico trabalhado, VIDA, e concordará comigo. O músico utiliza as técnicas de Tapping, Double Thumb e Slap com muita fluência. Destaque especial para essa última. Não é de hoje que Frank esbanja talento em excelentes composições, mas ao lançar esse disco, reunindo músicos de altíssima qualidade, o baixista crava seu nome na galeria dos instrumentistas mais interessantes da atualidade. Muito bem gravado e mixado, o álbum, vencedor do Prêmio BRASKEN de Música e Artes, se destaca ainda pela inteligência e sensibilidade na escolha dos timbres do baixo. Produzido por Cristiano Soares, o qual fez um belo trabalho ao lado de Frank ao unir samplers e programações de muito bom gosto aos instrumentos, além de integrar ritmos tipicamente brasileiros a uma linguagem musical ampla e universal. Como o próprio artista diz: “O povo é o que ouve”. Se a música é o maior condutor de novas idéias e atitudes dentro de um consciente coletivo, quem mais além de Frank Negrão poderia homenagear Jeff Berlin e Jaco Pastorius com uma música chamada Sertãozinho?
Para adquirir o CD fale diretamente com o baixista via MSN ou e-mail: frankbassclub@hotmail.com

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Enquanto isso em Salvador...

Sim... é isso mesmo a "invasão" baiana continua por aqui... É porque foi tão bom, mas tão bom, mas tãããããoooo boommm o Festival Baixo Brasil em Salvador e todos os momentos que passamos por lá, que preciso esticar o maximo possível estes dias...
estes são alguns dos momentos "fora"do festival... aproveitando a cidade... pra ficar melhor o passeio... vamos colocar uma trilha sonora... vamos lá de


Dorival Caymmi...

"São Salvador, Bahia de São Salvador... A terra de Nosso Senhor... Pedaço de terra que é meu..."

"São Salvador, Bahia de São Salvador... A terra do branco mulato, A terra do preto doutor..."








"São Salvador, Bahia de São Salvador A terra do Nosso Senhor Do Nosso Senhor do Bonfim..."








"Oh Bahia, Bahia cidade de São Salvador... Bahia oh... Bahia... Bahia cidade de São Salvador..."
"Bahia oh... Bahia... Bahia cidade de São Salvador..."



"Bahia oh... Bahia... Bahia cidade de São Salvador..."

Ganhou meu coração....